RESPONSABILIDADE SOCIAL DA BANCA
Ora viva.
Cá estou eu novamente. O que me traz cá hoje? A função social dos Bancos e do sector financeiro. Ok tirem lá esse sorriso parvo da cara. Já sei que as funções sociais dos bancos estão muito próximo do saldo da conta bancária da maior parte dos portugueses - €….
Pois é, até que ponto o sistema financeiro e os próprios bancos não serão prejudiciais à sociedade?!!. Vejamos:
Sempre que houve um afrouxar nas medidas reguladoras do sistema financeiro, este cresceu desregradamente, criando grandes fortunas e grandes império.
Nos anos 80, trabalhar no sector financeiro era algo com um certo “glamour”.
Sempre que se falava de banca, lembrávamo-nos dos mercados accionistas e de todos os outros que com o decorrer do tempo foram aparecendo, com pessoas jovens, bem sucedidas, vestidos com fatos de marca, carros topo de gama e salários astronómicos. Quem não se lembra do filme com Charlie Sheen e Michael Douglas, “Wall Street”?
Pois bem, de facto esses tempos foram bastante “produtivos”, gerando muita riqueza para uns, e muita ilusão de riqueza para outros.
Se bem nos lembrarmos só a partir dos anos 80 é que em Portugal, o crédito passou a fazer verdadeiramente parte do vocabulário dos Portugueses. Começamos a poder comprar quase tudo, com uma pequena prestação…… E é aqui que de facto surge o papel social da Banca, por um lado ao proporcionar crédito aos particulares, está na verdade a aumentar o poder de compra, consequentemente aquisição de bens e serviços que até então seriam impensáveis, caso não houvesse crédito. Com estas aquisições “apareceu” o nível de vida, que se traduziu num maior bem-estar. Por outro lado, com este aumento do consumo, as empresas vendem mais, com isto aumentam as suas linhas de produção, empregam mais pessoas (o nível de desemprego diminuiu), os salários aumentam, a sensação de bem-estar Geral também aumenta.
Crédito que também deverá ser concedido às empresas para gerar maior investimento, com isso aumentar os indicies de emprego e de salários, que por sua vez irá aumentar o consumo, que por sua vez irá aumentar o volume de vendas das empresas, que por sua vez...
Resumindo, o papel da Banca será o de canalizar o crédito para os particulares e empresas. Mas atenção, e aqui, surge o papel dos reguladores, esta concessão de crédito tem que ser regulada, tem que se impor limites ao endividamento das pessoas e empresas.
Mas dir-me-ão que esse limite já é estabelecido por parte dos Bancos, não é preciso nenhum regulador. Nada mais errado ... caro Watson. Se me falarem dos dias de hoje, é de facto mais difícil o recurso ao crédito, ou por outras palavras, este é mais restrito e as entidades bancárias, são mais rigorosas. Verdade, mas pelas piores razões, não só porque as pessoas e empresas já estão sobre endividadas, mas também por dificuldades de liquidez dos próprios Bancos (assunto a que noutro dia voltaremos a falar).
Quando falo de reguladores, falo em legislação que imponha limites ao endividamento de uma família, não deixando que este ultrapasse x por cento do seu rendimento disponível mensal. Esta simples medida iria resolver vários problemas:
A) Por um lado começávamos a ter menor fuga ao fisco, uma vez que com esta medida, das duas uma, ou as pessoas adquiriam os bens e serviços a pronto e isso significava que tinham rendimentos para tal, ou então tinham que adquirir através do crédito e como tal para poderem ter direito a mais crédito tinham que aumentar as declarações de rendimentos, aumentando consequentemente as receitas fiscais.
B) As famílias teriam que estabelecer prioridades. Para umas o carro xpto seria prioridade n.º1, para outros, casa própria seria a prioridade principal, para outros seriam as férias, enfim fosse qual fosse a ordem e sem querer fazer juízos de valor, as próprias famílias teriam que gerir essas prioridades.
C) O sobre endividamento, deixaria de existir, porque no caso que as famílias atingissem o limite do endividamento permitido por lei, para conseguirem um novo endividamento teriam que liquidar um ou mais em vigor, de forma a não ultrapassar o limite permitido.
D) Crédito para liquidar outros crédito, seria possível, apenas no caso em que a prestação global fosse inferior à soma das partes.
E) Mesmo tratamento para as empresas.
Com estas medidas, para além de possivelmente diminuirmos a fuga ao fisco, nunca nos preocuparíamos com o sobre endividamento, que mais não é, na maioria dos casos do que a falência, dos particulares e das empresas.
Se os agentes económicos (famílias e empresas, não conseguem ser racionais, alguém tem que ser por eles).
Ora cá estão os benefícios e a função social da Banca, concessão de crédito, mas de forma regulada.
No reverso da medalha, vêm as poupanças dos particulares. Aqui a Banca também tem uma função social, que é captar esses recursos, pagando um juro pelos mesmos. Pegando nessas poupanças dos depositanes e investindo em mercados accionistas e outros, também devidamente regulados. Por exemplo:
A) A banca a retalho apenas poderia aplicar uma pequena percentagem dos seus recursos em mercados voláteis, todo o resto seria canalizado para o crédito e para as operações financeiras ditas tradicionais, em aplicações decorrentes de taxas de juro.
B) Para além das aplicações faladas no ponto anterior teríamos uma banca, direccionada mais para o seu core buisness, em que teriam também como fontes de receita todas as taxas, comissões e afins….
C) Para operações em mercados mais voláteis e por conseguinte com maior risco teríamos os Bancos de Investimento.
D) As operações de Banca de investimento e Banca de Retalho deveriam estar bem discriminadas, de forma a não se confundirem
E) Órgãos reguladores pró activos, dinâmicos, rigorosos e actuantes.
Com estas medidas conseguiríamos mais crédito (não teríamos a falta de liquidez actual, uma vez que muita da Banca de Retalho andou a fazer investimentos em produtos de grande risco, pondo em causa as poupanças dos seus depositante).
Teríamos assim um sistema Bancário e financeiro com uma grande importância a nível social, uma vez que seria a placa giratória do nosso dinheiro, concedendo-nos por um lado crédito e por outro captando as nossas poupanças remunerando-as (sem as por em perigo), e canalizando-as para mais crédito.
Nunca pensaram que os Janotas dos bancos pudessem ser úteis à sociedade, não é???!!!!....
Por hoje é tudo, adeus e até ao meu regresso……
Cá estou eu novamente. O que me traz cá hoje? A função social dos Bancos e do sector financeiro. Ok tirem lá esse sorriso parvo da cara. Já sei que as funções sociais dos bancos estão muito próximo do saldo da conta bancária da maior parte dos portugueses - €….
Pois é, até que ponto o sistema financeiro e os próprios bancos não serão prejudiciais à sociedade?!!. Vejamos:
Sempre que houve um afrouxar nas medidas reguladoras do sistema financeiro, este cresceu desregradamente, criando grandes fortunas e grandes império.
Nos anos 80, trabalhar no sector financeiro era algo com um certo “glamour”.
Sempre que se falava de banca, lembrávamo-nos dos mercados accionistas e de todos os outros que com o decorrer do tempo foram aparecendo, com pessoas jovens, bem sucedidas, vestidos com fatos de marca, carros topo de gama e salários astronómicos. Quem não se lembra do filme com Charlie Sheen e Michael Douglas, “Wall Street”?
Pois bem, de facto esses tempos foram bastante “produtivos”, gerando muita riqueza para uns, e muita ilusão de riqueza para outros.
Se bem nos lembrarmos só a partir dos anos 80 é que em Portugal, o crédito passou a fazer verdadeiramente parte do vocabulário dos Portugueses. Começamos a poder comprar quase tudo, com uma pequena prestação…… E é aqui que de facto surge o papel social da Banca, por um lado ao proporcionar crédito aos particulares, está na verdade a aumentar o poder de compra, consequentemente aquisição de bens e serviços que até então seriam impensáveis, caso não houvesse crédito. Com estas aquisições “apareceu” o nível de vida, que se traduziu num maior bem-estar. Por outro lado, com este aumento do consumo, as empresas vendem mais, com isto aumentam as suas linhas de produção, empregam mais pessoas (o nível de desemprego diminuiu), os salários aumentam, a sensação de bem-estar Geral também aumenta.
Crédito que também deverá ser concedido às empresas para gerar maior investimento, com isso aumentar os indicies de emprego e de salários, que por sua vez irá aumentar o consumo, que por sua vez irá aumentar o volume de vendas das empresas, que por sua vez...
Resumindo, o papel da Banca será o de canalizar o crédito para os particulares e empresas. Mas atenção, e aqui, surge o papel dos reguladores, esta concessão de crédito tem que ser regulada, tem que se impor limites ao endividamento das pessoas e empresas.
Mas dir-me-ão que esse limite já é estabelecido por parte dos Bancos, não é preciso nenhum regulador. Nada mais errado ... caro Watson. Se me falarem dos dias de hoje, é de facto mais difícil o recurso ao crédito, ou por outras palavras, este é mais restrito e as entidades bancárias, são mais rigorosas. Verdade, mas pelas piores razões, não só porque as pessoas e empresas já estão sobre endividadas, mas também por dificuldades de liquidez dos próprios Bancos (assunto a que noutro dia voltaremos a falar).
Quando falo de reguladores, falo em legislação que imponha limites ao endividamento de uma família, não deixando que este ultrapasse x por cento do seu rendimento disponível mensal. Esta simples medida iria resolver vários problemas:
A) Por um lado começávamos a ter menor fuga ao fisco, uma vez que com esta medida, das duas uma, ou as pessoas adquiriam os bens e serviços a pronto e isso significava que tinham rendimentos para tal, ou então tinham que adquirir através do crédito e como tal para poderem ter direito a mais crédito tinham que aumentar as declarações de rendimentos, aumentando consequentemente as receitas fiscais.
B) As famílias teriam que estabelecer prioridades. Para umas o carro xpto seria prioridade n.º1, para outros, casa própria seria a prioridade principal, para outros seriam as férias, enfim fosse qual fosse a ordem e sem querer fazer juízos de valor, as próprias famílias teriam que gerir essas prioridades.
C) O sobre endividamento, deixaria de existir, porque no caso que as famílias atingissem o limite do endividamento permitido por lei, para conseguirem um novo endividamento teriam que liquidar um ou mais em vigor, de forma a não ultrapassar o limite permitido.
D) Crédito para liquidar outros crédito, seria possível, apenas no caso em que a prestação global fosse inferior à soma das partes.
E) Mesmo tratamento para as empresas.
Com estas medidas, para além de possivelmente diminuirmos a fuga ao fisco, nunca nos preocuparíamos com o sobre endividamento, que mais não é, na maioria dos casos do que a falência, dos particulares e das empresas.
Se os agentes económicos (famílias e empresas, não conseguem ser racionais, alguém tem que ser por eles).
Ora cá estão os benefícios e a função social da Banca, concessão de crédito, mas de forma regulada.
No reverso da medalha, vêm as poupanças dos particulares. Aqui a Banca também tem uma função social, que é captar esses recursos, pagando um juro pelos mesmos. Pegando nessas poupanças dos depositanes e investindo em mercados accionistas e outros, também devidamente regulados. Por exemplo:
A) A banca a retalho apenas poderia aplicar uma pequena percentagem dos seus recursos em mercados voláteis, todo o resto seria canalizado para o crédito e para as operações financeiras ditas tradicionais, em aplicações decorrentes de taxas de juro.
B) Para além das aplicações faladas no ponto anterior teríamos uma banca, direccionada mais para o seu core buisness, em que teriam também como fontes de receita todas as taxas, comissões e afins….
C) Para operações em mercados mais voláteis e por conseguinte com maior risco teríamos os Bancos de Investimento.
D) As operações de Banca de investimento e Banca de Retalho deveriam estar bem discriminadas, de forma a não se confundirem
E) Órgãos reguladores pró activos, dinâmicos, rigorosos e actuantes.
Com estas medidas conseguiríamos mais crédito (não teríamos a falta de liquidez actual, uma vez que muita da Banca de Retalho andou a fazer investimentos em produtos de grande risco, pondo em causa as poupanças dos seus depositante).
Teríamos assim um sistema Bancário e financeiro com uma grande importância a nível social, uma vez que seria a placa giratória do nosso dinheiro, concedendo-nos por um lado crédito e por outro captando as nossas poupanças remunerando-as (sem as por em perigo), e canalizando-as para mais crédito.
Nunca pensaram que os Janotas dos bancos pudessem ser úteis à sociedade, não é???!!!!....
Por hoje é tudo, adeus e até ao meu regresso……
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