RESTRIÇÕES NO ACESSO AO CRÉDITO

“… Se me falarem dos dias de hoje, é de facto mais difícil o recurso ao crédito, ou por outras palavras, este é mais restrito e as entidades bancárias, são mais rigorosas. Verdade, mas pelas piores razões, não só porque as pessoas e empresas já estão sobre endividadas, mas também por dificuldades de liquidez dos próprios Bancos (assunto a que noutro dia voltaremos a falar)….”
Ao reler este parágrafo Da minha anterior “divagação”, lembrei-me de falar mais um pouco sobre este assunto.
De facto as dificuldades dos Bancos são ainda muitas.Foram ao longo deste últimos tempos encontradas algumas soluções (através do aval dos Estados, através de Nacionalizações, através de aumentos de capitial) e chegamos à conclusão que todas as ajudas são poucas. Com estas ajudas, os Estados pretendiam que as familias e empresas continuassem a ter acesso ao crédito.No caso das familias, através do consumo. No caso das empresas através do investimento. Dois dos principais motores de qualquer economia, para além do Investidor e Consumidor Estado. No entanto e apesar das intenções terem sido boas, talves um pouco ingénuas (ou não, por ventura terá sido mais uma maneira encapotada, para ajudar os Bancos). Era por demais evidente que os Bancos, iriam em primeiro lugar “recapitalizarem-se “, com as “ajudas do Estado. Só depois iriam continuar a conceder crédito.
Ora esta diminuição de dinheiro em circulação, a meu ver deita por terra a preocupações inflacionistas e nem o facto de a taxa de referência do BCE estar neste momento em 1%, parece procupante. Seria de esperar que com taxas de juro tão baixas e com injecções de capital por parte do BCE , mais cedo ou mais tarde, teriamos que nos preocupar com a inflação.Não me parece.
È lógico que as taxas de juro não vão ficar eternamente nestes níveis, mas, até a inflação ser uma ameaça ... ainda vai um grande passo.
Porquê? :
Por um lado porque parte do dinheiro que foi injectado no mercado, foi imeditamente absorvido pelos Bancos, com graves dificuldades, nomeadamente no que respeita aos tão famosos activos tóxicos.
Por outro lado, com as prespectivas de aumento do desemprego, o consumo tem tendência a contrair-se cada vez mais.
Ora, só quando o problema da toxicidade dos Balanços dos Bancos for estabilizada e quando a tendência do desemprego for invertida, é que poderemos começar a ficar preocupados com a inflação. Por outro lado poderá significar o inicio de uma nova era económica….
Adeus e até ao meu regresso…..

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