Crise económica ou crise de valores...??!!
Ora cá estamos mais uma vez, desta feita para nos debruçarmos sobre mais um factor que ajudou a empurrar a economia para o local onde está (na lama…e sem luta....e sem gajas).
Ora até que ponto a pressão pelos resultados imediatos contribuiu para o clima de crise que vivemos? Quem estaria interessado no cumprimento desses objectivos? Quem estipulou esses objectivos? O que se pretendia com esses objectivos?
Parece-me lógico que os objectivos seriam definidos globalmente pelo "capital" da empresa, aqueles que queriam e querem retorno do seu investimento. Posteriormente em cascata, até chegar ao vendedor ou comercial, o “homem do terreno”.
Para o capitalista (entenda-se o dono do capital da empresa, a pessoa que "entrou" com o dinheiro necessário ao inicio/desenvolvimento de um projecto empresarial) o objectivo final é obter retorno do seu investimento, tal como qualquer um de nós que aplica as suas poupanças num D.P. e no final do prazo quer receber o seu juro. Também os detentores do capital das empresas querem obter o rendimento do seu investimento. Nada mais elementar e legítimo.
Qual a maneira que os "capitalistas", encontraram para obter o retorno do seu investimento o mais rápido possível? A Ganância. A sua Ganância seria alimentada pela ganância dos seus inferiores hierárquicas, que seria alimentada pela ganância dos seus inferiores hierárquicos....e assim sucessivamente. Plano traçado. Passemos à acção.
Eu enquanto capitalista vou criar prémios chorudos para aqueles que conseguirem atingir objectivos ambiciosos (para não dizer em alguns casos proibitivos). Esses vão criar, ou propor a criação de prémios chorudos para o cumprimento de objectivos das suas equipas e assim sucessivamente ( PERFEITO!!!!). Ora se todos atingirem os objectivos (ambiciosos uns, outros proibitivos), vou conseguir um retorno espantoso do meu investimento e muito provavelmente em pouco tempo (apesar do pagamento dos prémios). Após obter o retorno do meu investimento, pego no meu dinheirinho e vou investi-lo noutra empresa, ou projecto empresarial, reiniciando todo o plano brilhantemente traçado (e assim sucessivamente).
Moral da história: vale tudo. Começamos a esquecer a deontologia, as boas práticas comerciais e começou-se a perder o bom senso.
Objectivos anuais, que passaram a semestrais…, trimestrais…, diários…, e para quando os objectivos ao segundo e milésimo, pergunto eu?. Respondo eu, dêem tempo a esses génios que lá chegaremos.
Tudo isto também se passou nos bancos e o problema da taxação pelo fisco dos prémios dos gestores de topo, bem como a redução da remuneração proposta pelos Governos nos Bancos que tenham recorrido a ajudas do Estado (tal como fez Presidente Obama nos Estados Unidos), parece-me no mínimo razoável e veio provar que existiram de facto excessos no passado. Houve muita gente a “mamar na burra” durante muito tempo, sem consciência que o seu rápido enriquecimento estava a contribuir para um empobrecimento genérico de carácter.
Verificamos ano após ano no crescimento dos lucros dos Bancos (proibitivos, comparativamente com o resto da economia) mas com elevados riscos, como agora pudemos constatar.
Não se definiram estratégias de longo prazo, nem tão pouco de médio prazo, o que contava era o imediato.
Ninguém se preocupou com a sustentabilidade….
Chegados a este ponto o que fazer?
Com a crise parece lógico que as regras do mercado estão alteradas.
O que fazer então? Sinceramente ainda não pensei muito sobre isso. Agora vos garanto que não pudemos continuar a utilizar as mesmas fórmulas do passado desajustadas a uma realidade completamente nova e ainda não muito perceptível.
Mas apesar da gravidade da situação económica que vivemos, continuamos a utilizar os procedimentos passados e com isto estamos a sistematizar o erro.
Adeus e até ao meu regresso.
Ora até que ponto a pressão pelos resultados imediatos contribuiu para o clima de crise que vivemos? Quem estaria interessado no cumprimento desses objectivos? Quem estipulou esses objectivos? O que se pretendia com esses objectivos?
Parece-me lógico que os objectivos seriam definidos globalmente pelo "capital" da empresa, aqueles que queriam e querem retorno do seu investimento. Posteriormente em cascata, até chegar ao vendedor ou comercial, o “homem do terreno”.
Para o capitalista (entenda-se o dono do capital da empresa, a pessoa que "entrou" com o dinheiro necessário ao inicio/desenvolvimento de um projecto empresarial) o objectivo final é obter retorno do seu investimento, tal como qualquer um de nós que aplica as suas poupanças num D.P. e no final do prazo quer receber o seu juro. Também os detentores do capital das empresas querem obter o rendimento do seu investimento. Nada mais elementar e legítimo.
Qual a maneira que os "capitalistas", encontraram para obter o retorno do seu investimento o mais rápido possível? A Ganância. A sua Ganância seria alimentada pela ganância dos seus inferiores hierárquicas, que seria alimentada pela ganância dos seus inferiores hierárquicos....e assim sucessivamente. Plano traçado. Passemos à acção.
Eu enquanto capitalista vou criar prémios chorudos para aqueles que conseguirem atingir objectivos ambiciosos (para não dizer em alguns casos proibitivos). Esses vão criar, ou propor a criação de prémios chorudos para o cumprimento de objectivos das suas equipas e assim sucessivamente ( PERFEITO!!!!). Ora se todos atingirem os objectivos (ambiciosos uns, outros proibitivos), vou conseguir um retorno espantoso do meu investimento e muito provavelmente em pouco tempo (apesar do pagamento dos prémios). Após obter o retorno do meu investimento, pego no meu dinheirinho e vou investi-lo noutra empresa, ou projecto empresarial, reiniciando todo o plano brilhantemente traçado (e assim sucessivamente).
Moral da história: vale tudo. Começamos a esquecer a deontologia, as boas práticas comerciais e começou-se a perder o bom senso.
Objectivos anuais, que passaram a semestrais…, trimestrais…, diários…, e para quando os objectivos ao segundo e milésimo, pergunto eu?. Respondo eu, dêem tempo a esses génios que lá chegaremos.
Tudo isto também se passou nos bancos e o problema da taxação pelo fisco dos prémios dos gestores de topo, bem como a redução da remuneração proposta pelos Governos nos Bancos que tenham recorrido a ajudas do Estado (tal como fez Presidente Obama nos Estados Unidos), parece-me no mínimo razoável e veio provar que existiram de facto excessos no passado. Houve muita gente a “mamar na burra” durante muito tempo, sem consciência que o seu rápido enriquecimento estava a contribuir para um empobrecimento genérico de carácter.
Verificamos ano após ano no crescimento dos lucros dos Bancos (proibitivos, comparativamente com o resto da economia) mas com elevados riscos, como agora pudemos constatar.
Não se definiram estratégias de longo prazo, nem tão pouco de médio prazo, o que contava era o imediato.
Ninguém se preocupou com a sustentabilidade….
Chegados a este ponto o que fazer?
Com a crise parece lógico que as regras do mercado estão alteradas.
O que fazer então? Sinceramente ainda não pensei muito sobre isso. Agora vos garanto que não pudemos continuar a utilizar as mesmas fórmulas do passado desajustadas a uma realidade completamente nova e ainda não muito perceptível.
Mas apesar da gravidade da situação económica que vivemos, continuamos a utilizar os procedimentos passados e com isto estamos a sistematizar o erro.
Adeus e até ao meu regresso.
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