RASCA!

Ora cá estou eu novamente… (eu devia estar a estudar, mas pus-me a ouvir aquele programa irritante na televisão que dá às segundas, e como é obvio fiquei irritado, ora pois claro!).
O tema do programa é “ à procura de soluções”, sugestivo… A fórmula do costume, os prós de um lado (que no caso deste tema não sei bem quem, ou o que será) e os do contra do outro (o meu clube). Percebi que o programa era sobre os jovens, a manifestação organizada para 12 de Março, mais a música dos Deolinda, geração rasca (a minha) e por aí fora.
Ficou também clara a ausência de consensos, quanto às reivindicações dos jovens, até porque apesar da manifestação de dia 12 de Março intitulada “geração rasca”, muitos dos eventuais participantes são de uma geração mais recente.
Reivindicações:
- Mais emprego;
- Menos precariedade no emprego;
- Salários mais elevados
- …
As do costume e mais algumas, com frases o género, “nós queremos”; “a culpa não é nossa” e por aí fora (o que contribuiu para o aumento da minha irritabilidade).
Algumas possíveis saídas, como a importância da mobilidade (abordagem feita ao mercado de arrendamento que não existe), a importância (com dados estatísticos a acompanhar) das qualificações académicas, a necessidade de diminuir contribuições para a segurança social por parte das entidades patronais e mais algumas que não me recordo.
Mais uns estudantes de capa e batina, microfone na mão e… lá vai “bitaite” a roçar a má educação.
Às duas por três já estavam a dizer que o facto de se ter uma licenciatura ah e tal….
Sabemos que a conjuntura não é fácil, mas sabemos também mais coisas, como por exemplo:
- Quanto maior a formação, menores são as probabilidades de se ficar no desemprego.
- Quanto maior a formação, em média, maiores serão os rendimentos.
- Desempregados com formação, saem desse estado mais rapidamente.
- Filhos cujos pais têm formação superior, tem mais probabilidades de obter êxito na vida.
Ou seja (como dizia o meu avô), vale a pena queimar as pestanas. Pode não garantir expectativas, mas que ajuda, lá isso ajuda. Não basta tirar um canudo! A formação é um processo continuo…
Quanto ao resto, a conjuntura não é a melhor, outros já passaram por situações tão ou mais complicadas (ditaduras, revoluções guerras), outros viveram em tempos de bonança, That’s life, my friend!
Já que não podemos escolher a melhor altura para viver, façamos pela vida.
Quem disse que a vida era fácil?

Adeus e até ao meu regresso!!

Comentários

  1. Acho muito bem! Aliás, adoro quanto te irritas (particularmente, então, quando sou eu a irritar-te!)
    No entanto, esqueceste-te, nesta tua deambulação cogitante, da questão fulcral da responsabilização. Acho muito bem que nos façamos à vida. Aliás, a Europa está sobre-endividada e estamos todos com um torpor fora do normal, mas, e os responsáveis por tudo isto?!
    Siml, eu sei que também somos nós. Mas os responsáveis macro políticos e económicos? Esta lógica de nos centrarmos sempre no micro e ignorarmos o macro também não pode ser...
    Façamos pela vida, mas que os outros não incomodem!

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  2. Os padrões que consubstanciaram as nossas expectativas já nao existem. O mundo mudou e a nossa adaptação é uma inevitabilidade.
    As expectativas dos nossos filhos serao necessariamente diferentes das nossas.
    Vivemos na Europa dos direitos. Temos direito a tudo e mais alguma coisa. Quem paga? Ah Já sei... O Estado (esta foi para provocar).
    Quanto á responsabilidade social ... Isso fica para a próxima.

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